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Educação e cultura

O "generalista"
A nossa escola sempre buscou a formação humanista e generalista: habituamo-nos a criticar o estudante americano dizendo que todos leram o mesmo livro, sabem as mesmas coisas, não tem idéia da localização da África ou se a capital do Brasil é Buenos Aires ou Brasília e assim por diante. É todavia é um modelo muito bem sucedido, pois atende às necessidades do maior mercado industrial do mundo e o maior fornecedor de cursos que jamais existiu na face da terra.

No Brasil, nas periferias menos favorecidas dos grandes centros urbanos e também no nosso mais distante interior, falta uma concepção de uma escola mista: ao mesmo tempo de conteúdo técnico e humanista/generalista, onde o jovem, desde cedo, comece o aprendizado de matérias úteis para seu primeiro emprego e comece a ser polo de qualidade, cuja falta assola nossas construções, nossas instalações, nossas ruas e quaisquer outras estruturas ou outros sistemas que pecam pelo não funcionamento ou - na melhor das hipóteses - pelo funcionamento precário, sem método e sem técnica e ainda despido de qualquer planejamento.

Em nome de manter a formação plena, é negado ao nosso jovem o acesso ao ofício e à profissão. Precisamos de uma rede de Liceus de Artes e Ofícios para nossa juventude.

Da mesma forma a nossa universidade peca pela falta de praticidade: nas escolas de engenharia e computação (carreiras eminentemente técnicas) não é dada uma base sólida ao nosso estudante (e isto nas escolas de primeira linha!). Ele sai de um curso de computação sem qualquer base de programação, mas sai sabendo inglês e técnicas de liderança melhor do que ninguém. E é aqui no Brasil onde os alunos de nossa mais técnica escola de engenharia estão conveniados com uma excelente escola de marketing.

A "Faculdade Operacional" é criticada fortemente até mesmo pelas chamadas lideranças de vanguarda. Em nossa opinião existem claramente três modelos universitários que deveriam coexistir, pois há necessidades de todos :

a) o modelo acadêmico: onde prevalece a pesquisa e formação de quadros para a própria faculdade;
b) o modelo operacional: onde é formado o profissional para a vida prática e adquire conhecimentos específicos para a indústria, saúde, etc.;
c) o modelo misto: onde convivem os dois modelos descritos acima.

O nosso futuro, segundo os conselhos de um prestigioso jornalista consiste em cursar engenharia, depois fazer um curso de marketing, pois o futuro estará nas mãos dos que detém conhecimento técnico e habilidade de negociação.

Mas a realidade é mais cruel, pois na verdade o professor não domina profundamente sua matéria e assim não transfere o talento (que não tem) ao nosso estudante, que fica prejudicado e não poderá mais tarde competir em igualdade de condições com o estudante americano, alemão, francês e até mesmo do indiano.


A sólida base técnica do profissional americano
As empresas americanas contratam no mundo inteiro engenheiros e técnicos de computação com habilidades de programação, pois demandam mais de um e meio milhão de jovens quadros anualmente: enquanto isso nos especializamos em atuar como analistas de negócios, que terão como funções encontrar técnicos que atendam às necessidades de TI de suas empresas. Estas empresas, por sua vez, não terão gerentes com uma visão sistêmica por falta de executivos com uma base técnica.

As nossas escolas do campo administrativo não formam profissionais e sim "diplomados", pois ao contrário de suas congêneres americanas que estudam em média de 40 a 60 casos em seu ano letivo, dando ao estudante a oportunidade de resolver situações práticas, insistem em manter aulas teóricas, com infindáveis preleções e exames não práticos e baseados em trabalhos de grupo em que o aluno não tem a chance de discutir e aprender a solucionar problemas, discutir estratégias e enfim ter um real domínio de sua matéria.

É incrível a quantidade de médicos e outros profissionais da saúde que se formam e não tem a oportunidade de uma residência e de aprofundar seus conhecimentos. Assim, logo teremos médicos clínicos - a figura do médico da família já está sendo apresentada como solução para os nossos SUS e PAS.

Quem realmente sai da escola sabendo? Ai de quem não encontra um chefe com uma sólida base técnica e administrativa: estará condenado a uma carreira medíocre e sem perspectivas de crescimento profissional. E depois, mais tarde, quando ocorrer um downsizing, de quem será a culpa? Quem lhe devolverá a carreira que não teve ? Ele tem direito à sua formação.


O "achismo": o subjetivismo no dia a dia
Reparem em qualquer discussão política ou debate em nosso país: em nenhum momento a situação ou a oposição apresentará uma discussão baseada em números e dados, em um encadeamento lógico de raciocínio, mostrando a razão das crises. Na verdade, não existe em nossa base escolar um preparo para os debatedores chegarem a uma conclusão correta sobre as causas (só discutimos os efeitos, nunca as causas) das crises ou problemas: quanto temos de reservas, quanto devemos, quanto nos devem, quais as nossas disponibilidades, quais as datas e assim por diante.

No nosso esporte é conhecida a capacidade verbal de nossos cronistas (analistas?), que nunca nos dizem a razão de um time estar vencendo ou perdendo: nunca nos é dada uma informação técnica sobre o treinamento ministrado por uma equipe técnica, a capacidade física de um determinado player, quando, motivado pelo cansaço, um dos times começa a ceder espaço para o outro. Quais as chaves ensinadas ao conjunto de jogadores? Quando e porque um atleta pode vencer uma corrida ou prova de natação, quanto tempo treinou, qual a sua evolução ao longo dos meses e anos de treinamento e competição? A sua fria emoção ou a falta de competência do jornalista talvez alimente mais as paixões (por clubes, cidades, regiões, posição, negócios, etc.), e até mesmo resolver seus problemas de inferioridade e baixo astral, mas, Deus do céu, nós temos o direito à informação, mesmo porque é para tanto que existem os meios de comunicação.


Onde erramos ?
Antes de tudo uma questão: quem domina profundamente as técnicas de sua área de trabalho?

Há uma tendência exacerbada por uma carreira gerencial, vivemos em mundo de generalistas que apenas "acham que", mas não dominam a fundo suas áreas de atividade e freqüentemente dependem de especialistas externos. Resolvem tudo, porém na hora de implantar falta a base técnica, o especialista não é tão especialista assim e aí vai.

Precisamos urgentemente de uma gerência mais técnica, em que o profissional tenha vindo de uma escola de reconhecida competência técnica e tenha se dedicado a dominar os meandros técnicos de sua área de trabalho e com uma vontade férrea de aprender e, assim, superar as limitações de tecnologia e processo de que padece o gerente moderno. Até o analista de sistemas é um analista de negócios (!...) e não um analista programador: vejam as limitações que sofre uma empresa, por falta de tecnologia em informática e o quanto os gerentes dependem de terceiros para realizar suas tarefas.

E aqui também compreendemos as perdas, prejuízos, falta de qualidade e produtividade

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