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Ruptura
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Nos anos 90, além das mudanças mencionadas no item anterior, foram efetuadas mudanças de sistemas de linha de montagem, desenvolvimento de projetos de produtos em grandes centros de pesquisa e inovação, (com a centralização da capacidade de gerar produtos de alta tecnologia em locais estratégicos), aceleração do processo de informações (o que permitiu o downsizing e o aparecimento de técnicas de empowerment, produtividade, comunicações mundiais mais rápidas e em "realtime", a melhoria excepcional da formação de técnicos, etc.
Surge o plano real e o grande equívoco do câmbio que altera de maneira definitiva a cara industrial do país: recrudesce a necessidade do domínio de idiomas e o espanhol passa a ser o terceiro idioma com o crescimento do Mercado Sul Americano e a presença do Brasil na região. O executivo torna-se global.
Estamos vivendo uma grande crise/mudança provocada pela forma com que o nosso governo administra suas necessidades de caixa e sobrecarrega o contribuinte brasileiro. Um exemplo típico: os impostos por um veículo chegam a ser 15 vezes maior que o recebido pelo governo americano pelo mesmo veículo. Ao mesmo tempo são praticadas taxas de juros extremamente onerosas que provocam um fenômeno curioso: a população brasileira está fora do mercado de consumo.
Com isto o desalinhamento dos preços torna o nosso produto passível de ser consumido apenas no Brasil, trazendo um grande dano à nossa economia e à nossa classe empresarial que vive no mundo formal. E um grande lucro para os empresários informais que estão marcando com sua presença o fim da década. Ao mesmo tempo a empresa nacional perde competitividade e em grande parte é adquirida por grandes empresas internacionais.
O jovem executivo passou a ser questionado nos anos 97 e 98, começando então um grande afluxo de executivos de língua espanhola para o Brasil. A rigidez do gerente 80 e a inexperiência do jovem anos 90 obrigaram a empresa americana a trazer um grande número de executivos. No momento, graças à integração das informações mundiais, o nosso executivo está adquirindo uma visão mais estratégica do fato empresarial e começa novamente a ombrear-se com os executivos expatriados. Alguns estão como CEO de grandes empresas internacionais (Henrique Meirelles e Alan Belda são exemplos clássicos).
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