Dicionário

Talento e Performance

Competitividade

Algumas pessoas competem melhor do que outras. Têm uma predileção pela competição e uma grande eficiência em situações competitivas.

Sua motivação, essencialmente fundada na necessidade de realização, é tal, que procuram intensamente o sucesso e a comparação com outrem.

A eficiência, independentemente do nível de aptidão e de habilidade, está ligada à sua capacidade de controlar as reações emocionais associadas à competição (estresse, agressões) e às inibições que ela gera (sentimento de incompetência, medo de vencer).

Este fenômeno também ocorre com empreendedores em seus negócios e com executivos nas empresas.



Competência

Palavra da linguagem comum, que designa um nível superior de certas aptidões particularmente admiradas: talento, literário, artístico, musical, profissional, etc..

Já a competência, no sentido que a utilizamos, consiste na capacidade de produzir uma dada conduta. Quando esta conduta (comportamento) é bem sucedida podemos falar em “competência-performance”: atinge resultados com qualidade.



Aptidões

A capacidade, que é a possibilidade de êxito na execução de uma tarefa ou no exercício de uma profissão, é condicionada pela existência anterior de uma aptidão que é desenvolvida pela formação educativa (aprendizagem e exercício), que, por sua vez, se transforma em uma habilidade.


1) Inteligência, saberes e habilidades

•  Inteligência: função psicológica ou o conjunto de funções graças à qual o organismo se adapta ao seu meio.

•  Saberes: formas de inteligência que intervém nas atividades estruturadas.

•  Habilidades: formas de inteligência que estão nos múltiplos aspectos da vida quotidiana ou prática.

Inteligência Geral : fator geral, comum a todas as operações intelectuais, é a capacidade de resolver problemas, encontrar soluções para situações novas, e depende essencialmente de uma condição genética.


2) Aptidão

A aptidão é uma característica individual relativamente estável, resultante de uma superaprendizagem ou da genética e que podem ser identificadas através de técnicas de análise fatorial.

O termo aptidão tem várias acepções, pode ser a denominação da inteligência, mas, em geral, é empregado para definir aptidões específicas inatas (sociais e motoras p.ex. ). Este termo não deve ser confundido com capacidades e fatores, visto que estes não são inatos

Principais tipos de aptidões:

•  fluência verbal
•  memória
•  representação espacial
•  habilidade numérica
•  habilidade manual
•  habilidade motora


3) Aptidão física e motora

Aptidão + Habilidade: determinantes da performance motora

Aptidões Físicas

•  Força (estática, dinâmica e explosiva)
•  Resistência
•  Flexibilidade (estática e dinâmica)
•  Coordenação motora (global e bi-manual)
•  Velocidade do movimento

Aptidões Psicomotoras

•  Velocidade ( de reação, de decisão)
•  Precisão de movimentos controlados ou balísticos
•  Precisão de perseguição de um corpo em movimento (por ajustamentos motores contínuos ou discretos)



Os tipos de inteligências (segundo Gardner):

•  Lingüística
•  Lógico-Matemática
•  Aptidão Espacial
•  Aptidão Musical
•  Habilidade Interpessoal
•  Habilidade Intrapessoal
•  Habilidade Corporal (Esportes, Dança, etc.)



Habilidades

As habilidades são conjuntos circunscritos de competências que se atualizam em comportamentos eficazes, que resultam, geralmente, de aprendizagem, eventualmente (geralmente?) favorecidos por aptidões ou disposições inatas.


Formas de aprendizagem

•  narrativas
•  quantitativa (numérica)
•  lógicas (o porquê das coisas)
•  estética (através da arte)
•  jogos
•  do it (mão na massa) ou "on the job"
•  social

Por habilidades de nível superior entendemos as competências muito gerais e aplicáveis, em princípio, à solução de um grande número de problemas.

Inicialmente consideradas as três chaves do saber: leitura, escrita e aritmética, hoje devem ser adicionadas a elas a alfabetização em informática e na mídia.


Habilidades cognitivas afetivas básicas:

•  Plasticidade mental
•  Curiosidade de espírito
•  Capacidade de identificar problemas e resolvê-los
•  Criatividade
•  Capacidade de trabalhar em grupo


Habilidade motora

Capacidade adquirida por aprendizagem para realizar uma tarefa complexa, executando movimentos que correspondem a exigências de precisão, rapidez, economia, eficiência e regularidade.

a habilidade responde a um funcionamento econômico, ou seja, a uma restrita mobilização dos recursos da atenção e ao estabelecimento de uma relação ótima entre o trabalho mecânico produzido e o gasto energético produzido por este trabalho.

Só se fala em habilidade se a tarefa for difícil, isto é que exija uma aprendizagem anterior.


As habilidades podem ser ainda:

•  ABERTAS : são desenvolvidas em ambiente mutante e não se pode prever o resultado
•  FECHADAS : podem ser planejadas, em ambiente fechado, e podem ser realizadas após a aprendizagem
•  ESPACIAIS : visam um objetivo situado no espaço
•  GESTUAIS : visam a produção de uma forma gestual



Criatividade

1. Condições para a Criatividade (no significado de avanço)

•  existir um indivíduo criativo em potencial, com: talento, vontade/ ambição e deficiências
•  um âmbito para a realização em uma cultura / domínio
•  campo: um grupo que julga a qualidade da obra


2. A Criatividade envolve:

•  solucionar problemas
•  criar produtos
•  abordagens novas de situações pré existentes


3. Características do Trabalho Criativo

•  inédito, novo
•  modifica uma área
•  provoca mudanças


4. Diferença: inteligência vs. criatividade

•  a pessoa criativa atua em uma área dada
•  realiza uma coisa inédita
•  modifica um domínio
•  há aceitação pela comunidade que habita o domínio (que julga a criação)


5. Diferença entre mestria e criatividade

•  mestria é o domínio de uma técnica
•  criatividade é a combinação da capacidade intelectual com uma personalidade


6. Tipos de pessoas criativas

•  tipo de personalidade: introspectivo (explora a própria mente - poeta) e líder (modifica comportamentos)
•  tipo de atividade: área inanimada (objetos, símbolos e idéias)



Liderar ou Conduzir?

Condutor é aquele que consegue, em um meio desorganizado , reunir em torno de si indivíduos em busca de objetivos acessíveis, dando-lhes satisfação. Seu reconhecimento e autoridade derivam de seu sentido prático e determinação na escolha e determinação dos objetivos e resultados.

Líder é o que consegue modificar ou transformar a mentalidade ou comportamento de um número significativo de pessoas.


1. Componentes da liderança

•  Ser capaz de narrativas: ao fazer uma narrativa conta fatos que faz seus seguidores identificar-se com ele. Capacidade de criar uma história e refiná-la, adequando-a a diferentes grupos
•  a arte de exprimir-se
•  talento interpessoal (habilidade de relacionamento)
•  talento intrapessoal (capacidade de autoconhecimento e de autodesenvolvimento)
•  capacidade de entender e abordar questões existenciais: ajuda seu grupo a entender seus objetivos e buscar soluções

Repetindo

•  usa a capacidade de persuadir (influenciar idéias e atitudes das pessoas)
•  cria uma história sobre seu grupo
•  provoca mudanças no grupo


2. Nos negócios

•  Que habilidades são necessárias em nossa empresa?
•  Quem possui estas habilidades (inventário de talentos?)
•  Quem pode trabalhar bem com quem?
•  Quem pode efetuar treinamento?
•  Há possibilidades de criar novas combinações de pessoas?



Atitude

A atitude é uma disposição interna de um indivíduo perante um elemento do mundo social, que orienta sua conduta em relação a esse elemento, quer seja real ou simbólico.


A atitude tem um caráter ao mesmo tempo:

Cognitivo (julgamentos crenças e saberes)
Afetivo (sentimentos favoráveis ou desfavoráveis)
Conativo (tendência à ação)


A atitude é modificável (apesar de relativamente estável) e depende (para sua mudança) de:

•  uma comunicação persuasiva proveniente de fonte digna de fé e simpática
•  quando se apresenta os prós e contras para a mudança
•  em caso de perigo ou insegurança mostrar os recursos para enfrentá-los

(F. Askevis-Leherpeux)



Estratégia

São ações que o sujeito escolhe, organiza e administra para realizar uma tarefa ou objetivo.



Comportamento

Atividade de um organismo em interação com seu ambiente. Ou então o conjunto das atividades (o comportamento humano) ou atividades em particular (hábitos de higiene). Para os cognitivistas o comportamento é uma manifestação dos processos interiores, útil para fazer inferências fundamentadas.

Para Shakespeare: "o mundo é um palco, todos os homens e mulheres são meros atores. Eles têm suas saídas e entradas. Todos, ao seu tempo, desempenham muitos papéis"



Caráter

O caráter é a maneira habitual de reação de um indivíduo. Pode ser estudado através de dois caminhos, que deixaremos o seu aprofundamento para os psicólogos:

•  Constitucionalismo: (associação do caráter à morfologia)
•  Análise Psicológica (introversão / extroversão).


Freud estabelece em psicopatologia três níveis (segundo Bergeret):

•  Os caracteres propriamente ditos (neurótico, psicótico, narcísico, psicossomático e perverso):
•  Os traços de caráter estruturais (ex. neurótico) ou pulsionais (oral)
•  A patologia do caráter (neurose, psicose, perversão).



Organização

Sistema social que possui uma complexa estrutura hierárquica e que opera num ambiente – cultural, político, legal, econômico e tecnológico – com o qual continuamente interage.

A organização é composta de INDIVÍDUOS E DE GRUPOS, que são tanto grupos formais que aparecem claramente no seu organograma quanto grupos não - formais e , no entanto, influentes.

Ela tem um ou vários objetivos. Para atingi-los, os indivíduos e grupos que compõe a organização, vêem ser-lhes atribuídas funções papéis distintos. Suas atividades são determinadas por regras e exigências e coordenadas de maneira racional e dirigida para um fim.

A duração da vida das organizações não é limitada pela realização de uma atividade ou de um objetivo pontual. As organizações redefinem continuamente seus objetivos e os meios de que elas lançam mão para alcançá-los, assim como se modificam a composição de seus membros e as características de sua estrutura social.



Comunicação

Capacidade cognitiva de utilizar signos e o efeito produzido por elas.


Esquema da Comunicação:

•  Funções Referenciais (cognitivas): conteúdo da mensagem
•  Expressivas ou emotivas: centrada no emissor (exclamação, interjeição, entonação, 1 a . pessoa, advérbios, reticências, etc.) : visa imprimir uma certa emoção
•  Funções Conativas: orientadas para o receptor, marcadas pelo imperativo, vocativo, apóstrofe, interrogação, uso dos pronomes tu e vós (visa mais a interação do que a informação)
•  Funções Fáticas: centrada no contato. Servem para: estabelecer ou manter ou prolongar o diálogo: (ah é, veja v., ahn! Alô, ), encerrar a conversa ( até logo, entonação descendente, , desacelaração do fluxo, multiplicação das pausas, marcadores de encerramento “bem/bom, é isso aí, etc.)

•  Funções Metalinguísticas: visam confirmar ou verificar o nível do diálogo mantido: em outras palavras, isto é, etc..
•  Funções Poéticas: centrada na própria mensagem: induz relações semânticas a partir de equivalências fônicas (comum na literatura e na publicidade/slogans).



Drama

É todo acontecimento que gera um excesso de excitação, que provoca forte desequilíbrio . Coloca o sujeito frente aos limites do seu potencial adaptativo, constituindo um drama para ele. Em razão dessa confrontação com os limites, que confere um valor existencial ao drama, o ser humano pode manifestar passagens a atos defensivos.

Em uma perspectiva fenomenológica, pode-se distinguir o drama sofrido diante do qual o indivíduo se supera (reação heróica) ou se esgota (renúncia) e o drama diante da representação de um destino convulsionado pela alteração dos sistemas adaptativos (por exemplo, traição amorosa), que dá uma dimensão trágica à passagem ao ato. Situado com relação à síndrome geral de adaptação, o drama corresponde a um estresse agudo, que provoca uma resposta de sobrevivência ou um abandono.



Sentimentos


•  SÃO O MODO DE INSERÇÃO DOS SUJEITOS NA EXISTÊNCIA.
•  O SENTIMENTO NOS LEVA AO MUNDO DOS VALORES


Funções do sentimento:

•  reguladores da ação, sua estabilidade garante os diferentes tipos de condutas sociais
•  desreguladores: o sujeito se torna alheio às estimulações das circunstâncias presentes


Intensidade do sentimento:

•  experiência interior: angústia, tristeza, alegria, narcisismo
•  objetos exteriores: amor, ódio, ciúme



Conhecimento, lógica e valores


A verdade nasceu como um processo cognitivo originário da vontade de um ente supremo, acima dos poderes da razão.

Durante muito tempo confundimos conhecimento (que é conjunto do conhecimento e das realizações humanas) com a cultura (a maneira de aprimoramento do intelecto através da crescente cognição dos valores que vão sendo descobertos).

Há três formas básicas do conhecimento:

Ideal (lógica / matemática)
Real: objeto da física
Dever Ser (ciências do espírito/ valores existenciais)

O conhecimento Lógico Matemático é puramente formal (são formas criadas pelo pensamento) e abstrato, sem duração temporal.

As Ciências Positivas estão sempre correlatas à experiência (segue o princípio da causalidade, leis, objetos que dependem de verificação experimental).

Finalmente nas Ciências Humanas entra o fator que está acima de ambos acima: o VALOR (quantidade de estima por um bem), exemplo: uma estátua não importa o material de que é feito mas a sua beleza ou sua importância histórica, que é diferente do ser ideal pois possui contraposição (a qualidade de ser diferente dos outros = tem a beleza que os outros não têm) e a realizabilidade (um valor que não se realiza = uma quimera).



O conhecimento básico:

•  lógico matemático = exatidão
•  ciências positivas = verificação experimental

•  ciências do Espírito



Vontade e Motivação


A Motivação faz parte das funções de relação do comportamento: as necessidades, a partir dela, os planos e projetos transformam-se em objetivos, ou ainda, o ser humano busca formas de interação (certas relações com certos objetos são requeridas ou indispensáveis para o funcionamento).


Processo de desencadeamento da motivação:

•  a canalização das necessidades, isto é, a aprendizagem
•  projetos e objetivos (elaboração cognitiva)
•  motivação instrumental (meios e fins)
•  autonomia funcional – a personalização

Motivação Primária: essenciais aos objetivos do indivíduo e da espécie
Motivação Secundária: relação indireta adquirida de uma motivação primária.

A motivação é aprendida e assim o reforço é extremamente positivo para fixar um comportamento positivo.

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